Label FM

2008-08-21

O tempo...

... é uma boa medida para se contabilizar quem somos, bem como podermos avaliar o quanto crescemos. Para trás, algures no passado, descansam as esfoladelas de joelhos, os "galos" e as cambalhotas na erva terreno abaixo. Ganham-se as esfoladelas na alma, os "galos" no espírito e as cambalhotas da vida e do trabalho.
Distantes de quem éramos, mas próximos dessa meninice saudosa, é assim que analiso o tempo: a forma como as recordações se vão tornando mais "transparentes" e de uma realidade cada vez mais diferente, um pouco como se fosse um filme...
Envelheci, mas o tempo, sempre sábio, deu-me traquejo e deu-me o amor, onde me conforto e lambo as feridas, onde o espaço entre duas pessoas é pequeno demais para caber o grão da ampulheta que nos mede. Graças a este amor estou a saber levar a vida e as mágoas de uma forma madura.
E quando pensamos que não há mais amor, que sentir mais do que já sentimos é impossível, acordamos no dia seguinte, aparece um novo desafio, um novo obstáculo e, em conjunto, superamos tudo e descobrimos que é possível confiar mais, amar mais. Ensina-me a vida que o amor não se esgota ou é estanque: evolui e cresce, aprende e amadurece. O amor é um sentimento mutante e pleno que preenche a minha alma e que me ensina a viver a vida.
Amo-te cada vez mais, com uma pureza quase insuportável, preciso que o saibas (mas tu sabes...).

1 comentário:

g disse...

Nunca é demais dizê-lo.

Bjs